Rua Guarani

Extensão: 500 metros
Bairro: Bello
Lei 20/1967


No ano de 1967, já se percebiam algumas leis e atitudes tomadas no sentido de organizar a cidade, em franco crescimento. A lei nº 20/1967 é uma prova disso. Nomeava 67 ruas, em diversos loteamentos espalhados pela cidade. Destas ruas, agrupadas nos referidos loteamentos, 9 receberam nomes indígenas, 15 nomes de países, 10 nomes de estados brasileiros, 7 capitais de estados brasileiros, 24 municípios de Santa Catarina, além de 2 nomes próprios de destacados cidadãos caçadorenses.

As ruas denominadas por esta lei que receberam nomes indígenas são Aimoré, Bartira, Guarani, Iara, Iracema, Jandira, Moema, Tupi e Tupinambá. Destas, as ruas Iara e Iracema foram renomeadas posteriormente para Júlia Gioppo Carneiro e Emília Gioppo Brasil.

Guarani é o nome de uma das mais representativas etnias indígenas das américas, em um território que abrange, além da porção centro-sul do atual território do Brasil, países como Bolívia, Paraguai, Uruguai e parte da Argentina.

No período anterior ao contato com a cultura europeia, sabe-se que eram sociedades descentralizadas de caçadores e agricultores seminômades. Sua alimentação era baseada na caça e coleta, bem como no plantio de diversas variedades de vegetais, como mandioca, batata, amendoim, feijão e milho.

O termo guarani, que significa guerreiro, passou a ser empregado a partir do século XVII, quando a ordem tribal já estava bastante esfacelada por mais de cem anos de exploração colonial, para designar um grande número de índios que viviam em aldeamentos pertencentes a grupos falantes de idiomas da família linguística tupi-guarani.

A intensa política de ocupação dizimou a população indígena. Todavia, as populações desta etnia ainda mantêm fortes indícios de unidade linguística e cultural, desenvolvendo sempre formas estratégicas relacionais diante das realidades nacionais com as quais são obrigados a conviver.

As populações guaranis contemporâneas vivem em pequenas reservas, acampamentos à beira de rodovias ou habitam, ainda, espaços geograficamente isolados. Suas principais atividades econômicas são a confecção e a venda de artesanato - cestaria com taquara e cipó, estátuas em madeira e colares com sementes nativas - a coleta de raízes, ervas e frutos silvestres e o plantio de suas sementes tradicionais.